UM INCÔMODO INEVITÁVEL
)UM INCÔMODO INEVITÁVEL
Embora não estejam na lista das doenças classificadas como graves, hemorróidas e varizes nas pernas e no esôfago são bastante conhecidas pelo desconforto que causam aos pacientes.
Segundo o gastrocirurgião do Hospital Leforte em São Paulo, Tiago Szego, as varizes são doenças que afetam os vasos sanguíneos, provocando a insuficiência dessas estruturas que compõem o sistema circulatório do organismo. "Geralmente ocorrem por má circulação, piora do retorno do sangue e fraqueza dos vasos; eles ficam tortuosos e obstruídos, com tamanho maior que o natural", explica.
Quem fica de pé por um longo período ou está acima do peso pode sofrer com o aparecimento de varizes nas pernas. Já para as hemorróidas, além da predisposição genética, constipação (fezes endurecidas e dificuldade para evacuar), excesso de peso e gravidez podem explicar o aparecimento da doença. Quando afetam o esôfago, as varizes ocorrem por causa da má circulação de algumas regiões abdominais, causada por cirrose de origem alcoólica, hepatite C (vírus) e esquistossomose, por exemplo.
"Para cada caso há tratamento específico, mas não há cura", adianta o médico. Como são problemas sistêmicos, os recursos disponíveis apenas estabilizam os sintomas. Os tratamentos incluem aplicações de lazer, cirurgias minimamente invasivas e procedimentos que atuam dentro das veias.
Nas hemorróidas, por exemplo, é possível usar ligaduras elásticas e grampeadores, mas depende de cada caso. Para as varizes de esôfago, os procedimentos endoscópicos são muito usados, juntamente com o controle das causas por meio de medicamentos.
Prevenção é o melhor caminho
Em todos os casos, a prevenção é o melhor negócio a fazer. Perder peso, privilegiar alimentos que auxiliam a circulação e usar medicamentos indicados pode prevenir as crises.
"Para varizes dos membros inferiores, alguns calçados ajudam. Para hemorróidas, evitar constipação, excesso de peso e alguns alimentos. Para varizes de esôfago, evitar o consumo excessivo de álcool e as doenças desencadeantes", diz.
REVISTA DA ANFARMAG ANO 22- abr/mai/jun 2015 - nº 105